O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin lançou um apelo à comunidade internacional, no último dia 27 de setembro, para que ajude os cristãos no Oriente Médio.

O Purpurado fez esta declaração durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York (Estados Unidos), quando ressaltou a necessidade de que se considere como prioridade a reconstrução da Planície de Nínive e de outras regiões com forte presença cristã.

“Entre os dias 24 e 28 de dezembro, tive o privilégio de viajar para a Planície de Nínive, no Iraque, para celebrar o Natal com algumas das pessoas mais corajosas e inspiradoras que já conheci”, recordou o Secretário de Estado.

O Cardeal Parolin sublinhou, então, a “alegria contagiante e fé forte” que encontrou na região. Entretanto, contou ter ficado “impressionado com o estado” em que se encontra “o processo de reconstrução” das casas e infraestruturas locais.

“Muitos dos cristãos da Planície de Nínive, depois da fuga e exílio, já puderam regressar a casa e iniciar o árduo processo, não apenas de reconstrução das casas, mas também de reorganização do tecido social que foi destruído pelo ódio, traição e brutalidade”, afirmou.

Nesse sentido, ressaltou que o regresso dos cristãos a suas casas na Planície de Nínive é “um sinal de que o mal não tem a última palavra”.

Além disso, sublinhou “a importância da presença” da comunidade cristã em uma região onde “tem as suas raízes históricas mais profundas” e onde se tem notabilizado também por ser “uma fonte fundamental de paz, estabilidade e pluralismo há séculos”.

“Enquanto eu caminhava na cidade de Mossul, ainda havia escombros por toda parte, dificultando a travessia. As infraestruturas mais básicas ainda têm de ser reconstruídas. A situação de segurança, essencial para a região florescer novamente, ainda é tênue”, declarou.

O Carderal Parolin lembrou ainda que “a ajuda humanitária básica permanece necessária” e que há necessidade “de empregos e formação profissional, programas de educação e juventude, assistência à saúde mental”, entre outras áreas urgentes.

Por outro lado, agradeceu o empenho de instituições que atuam pela reconstrução desta região, como a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), a Caritas e os Cavaleiros de Colombo.

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