O presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, se referiu ao incêndio da Catedral de Notre Dame de Paris e destacou que "as grandes catedrais são organismos vivos".

“Impressionava-me de modo significativo o fato de que muitos parisienses, também turistas, diante da televisão chorassem por este acontecimento. E isso manifesta que a Catedral, as grandes Catedrais, as grandes Basílicas, são organismos vivos”, expressou na Sala de Imprensa vaticana.

Além disso, o Cardeal Ravasi assinalou que a história da construção da Catedral de Notre Dame é, "na realidade, a de uma pessoa que através de sua vida assume sofrimentos, feridas, às vezes parece que está sob o limiar da morte e, no entanto, continuamente renasce, revive".

"Pensemos que esta realidade, como é agora, foi construída em 1800 por Viollet le Duc", incentivou o Purpurado, que destacou "este contínuo viver por meio de intervenções arquitetônicas muito diferentes e às vezes por meio de reestruturações radicais”.

Além disso, Ravasi afirmou que "o Pontifício Conselho para a Cultura assumiu, em tempos do Papa Bento XVI, a Comissão Pontifícia para os bens culturais que tem uma ligação com todo o horizonte de todo este imenso patrimônio eclesial".

"Um patrimônio que, mesmo que não seja de propriedade da Igreja, como a Catedral de Notre Dame, que é propriedade do Estado francês, permanece sempre sendo um organismo vivo no qual se celebra a liturgia, no qual se faz um encontro de fé e onde até mesmo os não crentes entram para fazer um itinerário de beleza”, destacou.

Por sua parte, o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, reconheceu que "não podemos deixar de pensar no terrível acontecimento que atingiu a cultura universal, não só a cultura da França, mas de todo o mundo", e destacou "o sentimento de tristeza por parte da Santa Sé pelo que aconteceu em Paris".

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