Durante a oração do Regina Coeli na manhã deste domingo, na Praça de São Pedro do Vaticano, o Papa Francisco defendeu da vida desde a concepção até a morte natural.

O Pontífice afirmou que as pessoas estão chamadas a amar-se seguindo o exemplo de Jesus, o qual deve levar a uma série de atitudes como o cuidado aos idosos, o cuidado aos doentes ou a defesa do não nascido.

“Esse amor pelos outros não pode ser reservado a momentos excepcionais”, explicou o Santo Padre, “mas deve se tornar a constante de nossa existência”.

“É por isso que somos chamados a proteger os idosos como um tesouro precioso e com amor, mesmo que criem problemas econômicos e inconvenientes. É por isso que, aos doentes, mesmo no último estágio, devemos oferecer-lhes toda a assistência possível. É por isso que os nascituros devem ser sempre acolhidos. É por isso que, em última análise, a vida deve ser sempre protegida e amada desde a concepção até a morte natural”.

No seu ensinamento, Francisco sublinhou que “neste tempo Pascal a Palavra de Deus continua nos indicando estilos de vida coerentes, para ser a comunidade do Senhor Ressuscitado. Entre eles, o Evangelho de hoje apresenta a entrega de Jesus: ‘Permaneçam no meu amor”’.

“Viver na corrente do amor de Deus, estabelecer a morada, é a condição para que o nosso amor não perca pelas ruas o seu ardor e a audácia. Nós também, como Jesus e Nele, devemos acolher com gratidão o amor que vem do Pai e permanecer neste amor, tentando não nos separar dele com o egoísmo e o pecado. É um programa exigente, mas não impossível”.

Segundo o Papa, “é importante tomar consciência de que o amor de Cristo não é um sentimento superficial, mas uma atitude fundamental do coração, que se manifesta no viver como Ele quer”.

“De fato, Jesus afirma: ‘Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor’. O amor se realiza na vida cotidiana, nos comportamentos, nas ações; caso contrário é apenas algo ilusório. São palavras, palavras, palavras: isso não é amor. O amor é concreto todos os dias. Jesus nos pede para observar os seus mandamentos, que se resumem nisso: “Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês”.

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Em sua catequese perguntou: “Como fazer para que esse amor que o Senhor Ressuscitado nos doa possa ser partilhado pelos outros?”.

“Muitas vezes, Jesus indicou quem é o outro a amar, não com palavras, mas com fatos. É aquele que encontro em meu caminho e que me interpela com o seu rosto e sua história; é aquele que, com a sua presença, me impulsiona a sair de meus interesses e minhas seguranças; é aquele que espera a minha disponibilidade de acolher e caminhar juntos na mesma estrada”.

Neste sentido, Francisco pediu “disponibilidade a todo irmão e irmã, quem quer que seja e em qualquer situação se encontre, começando com aquele que está próximo a mim na família, na comunidade, no trabalho, na escola. Desta forma, se eu permaneço unido a Jesus, o seu amor pode alcançar o outro e atraí-lo a si, para sua amizade”.

O Santo Padre concluiu: “Somos amados por Deus em Jesus Cristo, que nos pede para amar uns aos outros como Ele nos ama. Mas nós não podemos fazer isso se não tivermos o seu próprio coração em nós. A Eucaristia, à qual somos chamados a participar todos os domingos, tem como objetivo formar em nós o Coração de Cristo, de modo que toda a nossa vida seja guiada por suas atitudes generosas”.

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