Em um recente comunicado conjunto, cinco bispos espanhóis se pronunciaram a respeito das diversas “formas de espiritualidade”, como ioga, reiki ou tarô, e a sua relação com o cristianismo.

Em sua carta pastoral conjunta de Pentecostes 2017 sobre os “desafios contemporâneos da educação”, os bispos espanhóis advertiram que “assistimos a proliferação de novas formas de espiritualidade”.

“A indiferença religiosa pode fazer com que não se valorize adequadamente a formação religiosa e inclusive que não se entenda que a disciplina Religião, assumida livremente, não é um elemento discordante na missão educativa, mas faz bem e faz parte de uma educação verdadeiramente integral”, assinalaram.

Assinam o comunicado o Arcebispo de Pamplona e Bispo de Tudela, Dom Francisco Pérez González; o Bispo de Bilbao, Dom Mario Iceta; o Bispo de San Sebastián, Dom José Ignacio Munilla; o Bispo de Vitoria, Dom Juan Carlos Elizalde; e o Bispo Auxiliar de Pamplona e Tudela, Dom Juan Antonio Aznárez.

Citando a “Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre alguns aspectos da meditação cristã”, de 1989, assinada pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger – hoje Papa Emérito Bento XVI –, os bispos espanhóis destacaram que “algumas variedades de ioga, de zen ou de meditação oriental e outras propostas semelhantes de harmonização entre a meditação cristã e técnicas orientais ‘deverão ser continuamente escolhidas com um discernimento cuidadoso de conteúdos e métodos, a fim de evitar cair em um sincretismo prejudicial’”.

Entretanto, advertiram que “o reiki, o xamanismo, o tarô e a clarividência, ou a nova era e similares são incompatíveis com a autêntica espiritualidade cristã, por isso é necessário distinguir claramente estas realidades de uma experiência cristã genuína”.

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Os bispos sublinharam que “na sociedade plural e secularizada em que vivemos e no conceito cristão da pessoa no qual acreditamos, entendemos que o mistério do ser humano encontra o seu sentido a partir do mistério de Deus e é iluminado pelo acontecimento de Jesus de Nazaré”.

“Este mistério e este acontecimento iluminam a missão de educar pessoas responsáveis, competentes, compassivas e comprometidas”.

Os bispos também destacaram que “a relação com Deus, inscrita no coração do ser humano, conhecê-lo e amá-lo dão sentido à própria existência e fundamentam a fraternidade humana e o desenvolvimento de uma sociedade e um mundo mais justo e solidário”.

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