Na madrugada do sábado, 16 de janeiro, o exército turco bombardeou Sharanish (Iraque), um povoado localizado na fronteira com a Turquia, no estado de Dohuk, onde vivem cristãos caldeus e assírios.

Os bombardeios causaram pânico e fizeram com que os cristãos fugissem para a cidade de Zajo, em meio ao frio e à neve do inverno.

Em relação a este acontecimento, o Patriarcado da Babilônia dos Caldeus expressou que esta ação militar turca é “totalmente injustificável”.

Deste modo, fizeram um apelo ao Governo autônomo do Curdistão iraquiano a fim de que tome “medidas necessárias para defender os seus cidadãos”.

O ataque foi realizado “com o pretexto da luta contra as posições dos curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão)”, conforme comunicado do Patriarcado difundido pela agência vaticana Fides.

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O Patriarcado também enviou uma nota de protesto à embaixada da Turquia em Bagdá.

Na década de 80, a cidade foi completamente devastada durante as campanhas militares levadas a cabo pelo exército iraquiano contra os curdos. Depois do fim do regime de Saddam Hussein, a população cristã regressou ao seu povoado, também com a intenção de escapar da violência anticristã cada vez mais frequente nas zonas urbanas de Bagdá e Mossul.

Em 2014, Sharanish foi o lar de dezenas de famílias cristãs que fugiram da planície de Nínive ante o avanço dos terroristas muçulmanos do Estado Islâmico.

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