A Congregação para a Evangelização dos Povos rechaçou recentes “insinuações” feitas por alguns meios da imprensa italiana a respeito de supostas propriedades luxuosas que teria em seu poder.

Em um comunicado difundido no dia 12 de novembro, o dicastério vaticano, conhecido também como “Propaganda Fide”, qualificou como “inaceitáveis” as “insinuações de alguns meios de comunicação, os quais difundem notícias que não correspondem à verdade”.

“Escreveram, por exemplo, que a Congregação aluga imóveis de luxo a preços muito baixos e inclusive que possui uma sauna ou que seria proprietária do Hotel Priscilla”, assinalou.

A congregação pontuou que o total dos imóveis da sua propriedade foram “doados para as missões, são alugados segundo os preços do mercado; não faltam as exceções por motivos de indigência”.

“Tais imóveis são alugados, cumprindo as normas da legislação italiana vigente que devem observar tanto a Congregação proprietária como o sujeito destinatário”, explicou.

A renda do aluguel dos seus imóveis, assinalou, serve principalmente para “a manutenção da Congregação, da Pontifícia Universidade Urbaniana, do Pontifício Colégio Urbano, de instituições missionárias e Igrejas jovens em terras de missão”.

O dicastério vaticano agradeceu em seu comunicado aos benfeitores que ajudam a sua missão, ajudando a sustentar “inumeráveis iniciativas educativas, sociais e na área de saúde nos países mais pobres”.

Em seguida, assinalou que “se adere plenamente à linha de pensamento, de guia e de coração do Santo Padre Francisco em relação à vida e a reforma da Cúria Romana”.

No final da sua mensagem, a Congregação para a Evangelização dos Povos advertiu que “caso se repita a difusão de notícias não verdadeiras ou tendenciosas, será obrigada a proteger sua imagem nos foros apropriados”.

Investigam filtração sobre a APSA

A Sala de Imprensa da Santa Sé indicou ontem que estão sendo investigados documentos que teriam sido filtrados e que relacionam a Autoridade judicial do Vaticano (APSA), com fins financeiros ilícitos.

“Nos últimos dias foram publicados em algumas agências e órgãos de imprensa diversos artigos através dos quais mencionam de forma parcial e imprecisa o conteúdo de um documento confidencial, formulando a hipótese de que, no passado, a Administração do Patrimônio Apostólico da Santa Sé (APSA) tenha sido instrumentalizada para fins financeiros ilícitos”, indicou o comunicado.

Em relação a este tema, assinalou, “a Autoridade judicial do Vaticano abriu uma investigação sobre a difusão do documento”.

“A APSA colaborou sempre com os órgãos competentes, não está sendo investigada e continua desenvolvendo sua atividade respeitando as normas vigentes”, assegurou.