Depois de uma série de declarações imprecisas em uma entrevista dada a um jornal colombiano na semana passada, o Arcebispo de Bogotá e futuro cardeal, Dom Rubén Salazar, esclareceu que sua postura sobre o aborto e a eutanásia estão em sintonia com a doutrina da Igreja Católica.

Através de um comunicado com data de 22 de novembro, escrito de Roma onde o arcebispo se encontra para o Consistório deste sábado 24 de novembro no qual será criado cardeal junto a outros 5 prelados, Dom Salazar afirma que "algumas de minhas afirmações podem ter suscitado sérias inquietudes".

O arcebispo da capital colombiana se refere concretamente a declarações feitas durante a entrevista concedida ao jornal El Tiempo no dia 12 de novembro, pela qual o prelado considerou “necessário fazer as seguintes elucidações e precisões para corrigir qualquer ambiguidade às quais (suas afirmações) tenham dado lugar".

O futuro cardeal explica que "o aborto é um crime abominável (cf. Constituição Gaudium et Spes N. 51), portanto, sua despenalização não é aceitável em nenhum caso, tampouco é possível considerá-lo ou declará-lo um direito".

"Uma vez mais como o tenho feito em outras ocasiões expresso claramente meu rechaço à sentença da Corte Constitucional que despenalizou o aborto em alguns casos", ressalta.

Dom Salazar afirma também que "o embrião humano tem vida própria desde o momento mesmo de sua concepção e é um ser totalmente distinto da mulher, portanto ‘deve ser respeitado –como pessoa– a partir do primeiro instante de sua existência’ (João Paulo II, Instrução sobre o dom da vida I,1) e tratado com todo o respeito devido em todo o seu processo de desenvolvimento".

O bispo assegura ademais que "em nenhum momento, nem por causa alguma o ser humano pode dispor de sua vida nem da vida de outros, e por isso o suicídio, o chamado ‘suicídio assistido’ e a eutanásia são moralmente inaceitáveis (cf. Encíclica Evangelium vitae 66). Ratifico novamente meu rechaço a qualquer lei do Estado que pretenda legalizar estas práticas".

Para concluir, Dom Rubén Salazar convidou "todos os colombianos, desde minhas convicções profundas, a promoverem uma autêntica cultura da vida humana, na qual esta seja defendida e respeitada a partir do momento da concepção até a morte natural".

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