O Escritório de Comunicação Social da Arquidiocese da Xalapa assinalou que o debate sobre a legalização ou não das drogas deve estender-se a outros aspectos que permitam uma re-fundação pessoal e social do país, pois para combater a violência o México requer de uma verdadeira revolução moral.

Em um comunicado, destacou-se a convocatória do Presidente Felipe Calderón para procurar a unidade nacional e gerar estratégias convenientes "para enfrentar o problema da insegurança, a violência e a delinqüência organizada".

Deste modo qualificou de alentador "que se tenha convocado a toda a sociedade para participar de um debate nacional sobre o tema da legalização das drogas". Entretanto, lamentou que em temas como o aborto e as uniões homossexuais não se escutaram todas as posturas, mas estas medidas foram impostas em nível das leis, apesar de ir contra os valores que professa o México.

Por isso, pediu que com a legalização das drogas o debate seja mais amplo e se centralize "sobre a urgente necessidade de uma re-fundação pessoal e social para começar a atacar pela raiz os gravíssimos problemas relacionados com a insegurança, a violência e a delinqüência organizada".

"Desde nosso ponto de vista legalizar as drogas implicaria seguir tolerando margens de corrupção e significaria continuar vivendo com o vai e vem dos mecanismos de destruição que são inerentes à produção, comercialização e consumo das drogas. Com a legalização das drogas não se atacaria desde a raiz o problema da insegurança, da violência e da delinqüência organizada", advertiu.

Por isso, recomendou não seguir necessariamente a experiência de outros países, porque "precisamente por seguir esquemas e moldes culturais de outras nações fomos perdendo nossa própria identidade e se aguçaram nossos problemas".

"Necessitamos uma nova revolução já não de armas nem de lutas fratricidas, mas uma revolução das consciências, uma verdadeira revolução moral", afirmou. 

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