Um grupo multipartidário do Parlamento da Noruega, que inclui desde o Partido Socialista de Esquerda ao Partido do Progresso enviou uma carta ao Ministro das Relações Exteriores Jonas Gahr Støre, exigindo-lhe que aumente a pressão sobre o governo Cuba para obter a liberação de Normando Hernández e outros presos políticos do Movimento Cristão Liberação (MCL), quem recentemente dirigiu uma carta ao Ex-presidente da África do Sul –e o preso de consciência– Nelson Mandela.

O grupo, que representa seis dos sete partidos no Parlamento, exigem a liberação de Hernández –cujo estado de saúde poderia custar-lhe a vida na prisão– e outros detentos de consciência condenados em Cuba a 25 ou 30 anos da prisão por promover o "Projeto Varela", um programa de democratização pacífica de Cuba.

Entretanto, Rogerio Santana, embaixador de Cuba na Noruega, acusou aos líderes noruegueses de ser uns "políticos bananeiros", que "recebem suas instruções da máfia cubana de Miami"; e assinalou que Hernández não é um preso político, mas "um mercenário e um traidor, pago pelos Estados Unidos para dar informação falsa a respeito de Cuba para legitimar a invasão dos EUA".

Entretanto, Snorre Valen, um dos políticos que coordenou a protesta contra o castrismo cubano, respondeu assinalando que "trabalhei com o apoio da esquerda na Colômbia e conheço a América Latina melhor que muitos no Parlamento".

"Para mim um detento político é tal seja em Israel ou em Cuba. Os regimes que encarceram às pessoas por causa de suas opiniões políticas sempre se justificam de diferentes maneiras; mas eu me apóio na informação legítima que existe sobre Hernández", concluiu Valen.