KONIGSTEIN, 26 de nov de 2009 às 11:13
A associação católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) pediu ajuda para os milhares de refugiados angolanos que são expulsos da República Democrática do Congo e a República do Congo, obrigados a caminhar centenas de quilômetros em duras condições o que provocou a ruptura de inumeráveis famílias.
Segundo informação recolhimento pela AIS, nas últimas semanas foram expulsos 40 mil angolanos, provavelmente como represália pela expulsão que Angola fez faz dois anos de imigrantes ilegais que chegavam dos países congoleses.
Entretanto, os colaboradores da associação presentes na zona, indicaram que os governos congoleses estão expulsando todos os angolanos, legais e ilegais. Relataram que a polícia se apresenta sem prévio aviso e obriga às pessoas a abandonarem o país, sem importar sua saúde ou situação legal e sem considerar que se está provocando a ruptura de milhares de famílias, inclusive dos angolanos casados com congoleses. Denunciaram que há casos de meninos que perderam seus pais.
Diante disto, as diocese angolanas de Uíje e Mbanza no Congo confrontam o desafio de ajudar os milhares de refugiados famintos e gravemente doentes. Em Damba, quatro Capuchinhos e quatro Irmãs da Misericórdia assistem a estas pessoas e se estabeleceram cinco campos de acolhida.
Segundo Ulrich Kny, colaborador da AIS, "alguns refugiados decidem prosseguir imediatamente o caminho para outros povoados onde têm familiares. Outros não sabem aonde ir: suas cidades foram totalmente destruídas durante a guerra civil e seus parentes fugiram. Também existem os que não são acolhidos por seus parentes e que –com uma dor acrescentada – são devolvidos aos campos de acolhida".
Por isso, as diocese de Uíje e Mbanza o Congo, junto à AIS, dirigiram um chamado à comunidade internacional para socorrer aqueles que sofrem por esta situação.

