VATICANO, 30 de out de 2009 às 12:41
Ao receber as cartas credenciais da nova embaixatriz do Panamá, Delia Cárdenas Christie, o Papa Bento XVI pediu à nação centro-americana proteger a vida e a família.
Em seu discurso, o Santo Padre animou os panamenhos a “trabalharem por uma maior igualdade social, econômica e cultural entre os distintos setores da sociedade, de maneira que renunciando aos interesses egoístas, afiançando a solidariedade e conciliando vontades seja banido o escândalo de desproporções revoltantes, como dizia Paulo VI”.
O Pontífice sublinhou que “a mensagem do Evangelho teve um papel essencial e construtivo na configuração da identidade panamenha, formando parte do patrimônio espiritual e do acervo cultural dessa Nação”.
"Especial relevância tem a presença da Igreja no campo educativo e na assistência aos pobres, aos doentes, aos encarcerados e imigrantes, e na defesa de aspectos tão primitivos como o compromisso pela justiça social, a luta contra a corrupção, o trabalho em favor da paz, a inviolabilidade do direito à vida humana desde o momento de sua concepção até sua morte natural, assim como a proteção da família apoiada no matrimônio entre um homem e uma mulher”, destacou o Papa.
“Estes são elementos insubstituíveis para criar um são tecido social e edificar uma sociedade vigorosa, precisamente pela solidez dos valores morais que a sustentam, a enobrecem e a dignificam”, adicionou.
Bento XVI se referiu em seguida ao compromisso das autoridades panamenhas “de fortalecer as instituições democráticas e uma vida pública fundamentada em robustos pilares éticos”.
A respeito, destacou que “não se devem poupar esforços para fomentar um sistema jurídico eficiente e independente, e que se atue em todos os âmbitos com honradez, transparência na gestão comunitária e profissionalismo e diligência na resolução dos problemas que afetam os cidadãos”.
O Santo Padre elogiou logo “o valioso papel que o Panamá está desempenhando para a estabilidade política da área centro-americana, em momentos nos quais a conjuntura atual põe de relevo como um progresso consistente e harmônico da comunidade humana não depende unicamente do desenvolvimento econômico ou os descobrimentos tecnológicos”.
O Papa concluiu alentando o Panamá a inculcar nas novas gerações “um verdadeiro humanismo, semeado na família e cultivado na escola, de modo que a força impulsora da Nação seja fruto do crescimento integral da pessoa e de todas as pessoas”.

