BUENOS AIRES, 3 de jun de 2009 às 08:52
O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, fez um chamado aos argentinos a recuperarem sua identidade católica pois esta “não pode ficar submetida ao capricho individual, às modas sugeridas pela cultura vigente ou às pressões dos formadores de opinião”.
O Arcebispo fez estas reflexões depois da publicação de um relatório do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (CONICET) que sustenta que “os argentinos têm uma religiosidade, em certo modo, subjetiva. Vão à Igreja quando sentem necessidade, comunicam-se com Deus diretamente, não se reconhecem membros de uma comunidade de salvação e, portanto, em comunhão com seus dogmas e sua disciplina”.
Em seu programa de televisão Chaves para um Mundo Melhor, o Prelado admitiu que o “catolicismo dos argentinos é pouco sério” e considerou que “esta situação religiosa de uma boa parte de nosso povo constitui um grave problema pastoral”.
Ante esta situação, Dom Aguer considerou necessário “voltar para o essencial, voltar a pregar e a explicar as verdades fundamentais da fé, fazer compreender que a pertença à Igreja não é algo caprichoso ou puramente exterior, mas sim supõe um compromisso ao qual estamos ligados pelo batismo e a confirmação.
Não obstante, criticou as conclusões que sobre estes dados tirou o jornalismo, que em sua maioria opinou que “a hierarquia católica teria que dar-se conta de que há muita gente que não a segue.
E portanto, deveria amoldar-se ao que esta gente pensa, sente e faz acreditando que são católicos”.
Dom Aguer assinalou que “a solução é exatamente a contrária. Teríamos que voltar para o essencial e pôr como um ponto capital da pertença à Igreja a plena identidade da fé, da comunhão, com o que a Igreja ensina e tratar, humildemente e com paciência, de superar nossas limitações e procurar cumprir os mandamentos da lei de Deus”.
“Recuperar, em definitiva, a identidade católica, que não pode ficar submetida ao capricho individual, às modas sugeridas pela cultura vigente ou às pressões dos formadores de opinião”, insistiu.