BUENOS AIRES, 5 de fev de 2009 às 11:40
O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, afirmou durante o 46º Curso de Reitores, que as escolas católicas são “redutos de humanidade” e que desde sua identidade fazem sua contribuição “para um futuro melhor da Argentina”.
O Prelado afirmou que “a identidade e o propósito do sistema educativo eclesiástico é formar homens e mulheres cristãos” treinados “no exercício das virtudes sociais, da justiça e a solidariedade. Bons cidadãos desta terra, da pátria terrena, para chegar a ser, além das fronteiras da história, cidadãos do Céu”.
Entretanto, reconheceu que meses atrás lhe perguntaram “por que dos colégios católicos não saem católicos”. Lembrou que advertiu que se tratava de uma “exagerada e injusta a generalização” e que existem “fatores de deseducação que incidem gravemente para que tantos esforços como se desdobram em nossas instituições de ensino não rendam o fruto esperado e merecido”.
“Reconheci também que existem muitos defeitos a emendar, mas finalmente retruquei: nossos colégios são redutos de humanidade. Sim, redutos abertos de humanidade, centros de humanização!”, expressou o também presidente da Comissão Episcopal de Educação Católica.
Dom Aguer assinalou que nos tempos atuais “este lucro inegável constitui um fim intermédio que nos aproxima da meta, já que a graça supõe a natureza”; e que já Pio XII em 1952 indicou que na sociedade de hoje “é todo um mundo o que terá que refazer desde seus alicerces; o que é preciso transformar de selvagem em humano, de humano em divino, quer dizer, segundo o coração de Deus”.
Em outro momento de sua intervenção, o Arcebispo também destacou o serviço que as escolas católicas brindam às famílias “que confiam a ela seus filhos e à sociedade toda”.
Do mesmo modo, chamou a atenção sobre o fato de que muitas famílias enviem a seus filhos a escolas católicas não porque aspirem “com plena consciência a que esses meninos sejam formados como católicos”, mas sim porque procuram “um ambiente mais seguro e sereno, um bom nível acadêmico, menos folga dos docentes e outros valores apreciáveis mas que não fazem à identidade da escola católica e a sua função evangelizadora”.
Por isso, alentou a estes centros a assumir o problema pastoral que representa a relação com as famílias “com paciência incansável e com afã de ensinar”, pois durante esses anos é possível desenvolver uma missão em favor dos lares. “À família se estende, pois, a missão formativa e evangelizadora da escola católica”, afirmou.
Finalmente, convidou às escolas católicas a uma profunda renovação, resgatando a identidade católica “por meio de um impulso missionário valente e audaz”.
O 46º Curso de Reitores foi organizado pelo Conselho Superior de Educação Católica com o tema “Prática docente, com o clássico para a qualidade educativa – Família e realidade social”.