Ante a negativa dos médicos ginecologistas do sistema sanitário público de Andaluzia a praticar abortos, um número considerável de mulheres são remetidas a clínicas privadas que têm acordos de colaboração com a Assessoria de Saúde.

O jornal Sur, apoiando-se em fontes da Delegação de Saúde, informou que apenas na província de Málaga há duas clínicas, o Centro Médico 2002 e a Clínica do Sul, que realizam abortos.

As mesmas fontes assinalam que "é o médico de família de quão paciente opta" por abortar quem "a remete a uma dessas duas clínicas privadas para que se submeta a um estudo médico e psicológico para determinar que o aborto se ajuste ao indicado pela lei espanhola".

Segundo o jornal, "anualmente, mais de 4.500 mulheres se submetem a um aborto legal em Málaga".

Fontes sanitárias consultadas pelo jornal assinalaram que os ginecologistas da saúde pública rechaçam realizar abortos porque "essa prática se relaciona com a parte mais desagradável de sua especialidade".