Em um novo documento referido às eleições gerais –presidenciais e municipais-  que se realizarão no próximo setembro, os Bispos da Guatemala lançaram um urgente chamado aos guatemaltecos para superar a tentação do abstencionismo e a não votar por candidatos vinculados ao narcotráfico.

No documento, os bispos assinalam que a menos de um mês para as eleições gerais "constatam com preocupação o pouco entusiasmo cívico ante a variada oferta eleitoral que nos oferecem os partidos políticos e que esta não consegue atrair o eleitorado".

Os bispos pedem ao Supremo Tribunal Eleitoral para investigar e resolver "as denúncias que circularam sobre possíveis ações fraudulentas"; e denunciam "a deplorável violência e falta de segurança que diariamente vivem os guatemaltecos".  "Já são muitos os candidatos a postos locais que foram assassinados e são também conhecidos alguns casos de políticos ameaçados de morte"

O documento faz um chamado "a todos os católicos e a todos os homens e mulheres de boa vontade, a discernir com seriedade e em clima de oração como e por quem votar nas eleições de 9 de setembro. "Abster-se", adicionam seria "indiferença e irresponsabilidade social".

"O voto a favor de candidatos sobre os quais há suspeitas de vinculação com o crime e o narcotráfico seria em si mesmo uma ação moralmente incorreta, e constituiria, no melhor dos casos, uma grande irresponsabilidade, e no pior, uma clara cumplicidade", advertem os bispos.

"Negar o voto é importante mas dá-lo seria um grande peso sobre a consciência do eleitor", assinalam o documento.

"Nesta hora tão transcendental para a pátria encomendamos nossa nação a Deus Nosso Senhor e pedimos à Virgem do Rosário, padroeira da Guatemala, que estenda seu manto protetor sobre todos seus filhos e de maneira especial sobre os cidadãos chamados a exercer seu dever cívico nas urnas", conclui a mensagem.