As autoridades que dirigem o Colégio Médico do Peru (CMP) decidiram esta semana publicar um "documento oficial", duramente respondido por seus membros, onde obrigam à organização médica a aderir-se à agenda internacional de organizações abortistas.

O documento escrito sobre a base das conclusões de uma controvertida "Oficina nacional sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos" realizado em março de 2007 por uma "Comissão de Alto Nível de Saúde Reprodutiva" a portas fechadas; foi convocado pelo presidente do Conselho Nacional do CMP, o Decano nacional Dr. Amador Vargas Guerra com a finalidade de discutir temas controvertidos, e inclusive ilegais, como o "direito" de acessar à anticoncepção oral de emergência, o suposto direito ao "aborto terapêutico", "eugênico" e por violação, "direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes", aduzindo "o propósito de atracar a um consenso que permita ao colégio (médico) assumir uma posição frente a eles… os consensos são apresentados neste relato final (o documento)".

O documento, em síntese, reconhece o "aborto terapêutico" como um "direito", e assume essa posição como "oficial" de toda comunidade médica peruana.

O evento foi apoiado tecnicamente e financiado por conhecidas organizações abortistas como UNFPA-Peru, a IPPF, "Planned Parenthood for America" e o IPAS, a organização que impulsionou a legalização do aborto na Colômbia.

Além disso, a comissão organizadora do evento compreendeu a conhecidos personagens pró-aborto do Peru como o Dr. Luis Tavara Orozco, nomeando presidente da mesma, Daniel Aspilcueta Gho, diretor do INPPARES –ramo peruano da IPPF– a obstetra Susana Chávez Alvarado diretora do PROMSEX, o Dr. Miguel Gutiérrez Ramos, a doutora Martha Rondón Rondón, e a advogada abortista Rocio Villanueva Flores.

Depois da publicação do documento, numerosos médicos peruanos manifestaram sua preocupação por nunca terem sido consultados sobre a nova "posição pública" do CMP.

Com efeito, poucos conselhos regionais do CMP assinaram o documento; realidade que não foi refletida na versão oficial publicada.

Diversos médicos peruanos consultados pela ACI Digital assinalaram que logo anunciarão medidas para tomar distância e denunciar a atual direção do CMP; entre outras razões, porque a diretoria recomenda tipos de aborto que são ilegais na legislação peruana e reflete uma incomum e perigosa adesão à agenda de organizações abortistas internacionais.

Os médicos em rebeldia com a direção do CMP pediram para enviar suas queixas a: decano@cmp.org.pe ; imagen@cpm.org.pe.