A Associação de Vítimas do Aborto (AVA) lamentou que a “Mostra de Cinema de Veneza” –o principal festival de cinema na Itália- tenha premiado como melhor filme a uma cinta que faz não diz toda a verdade sobre o aborto.

O filme premiado com o Leão de Ouro se intitula “Vera Drake” e trata da história de uma matrona que realizava abortos clandestinos em Londres nos anos 50. na sábado 11 de setembro, na cerimônia de entrega seu diretor, o inglês Mike Leigh, pronunciou-se a favor de que “a mulher tenha a liberdade de decidir se quiser ou não ter um filho em qualquer rincão do planeta”.

AVA considerou que o filme não mostra a verdade do aborto nem todas suas implicâncias, por isso serve de publicidade enganosa para o procedimento.

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“Sem informação verdadeira sobre o que passa depois do aborto e outras alternativas reais não há liberdade mas sim pressão da sociedade e o Estado para essa única saída”, indicou em um comunicado, recordando o testemunho de uma mulher que chegou recentemente à associação logo depois de submeter-se a um aborto.

Segundo a Presidenta de AVA, Carmina García-Valdés, “ao apresentar neste filme Vera Drake como uma pessoa boa, mãe gentil e vizinha solidária, pode-se transmitir a falsa informação de que o aborto é algo bom para a mulher, quando se sabe hoje em dia que tem graves seqüelas físicas e psicológicas cientificamente demonstradas”.