O Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Luis Augusto Castro, pediu as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a serem mais flexíveis em sua exigência de criar uma zona desmilitarizada para obter o intercâmbio de rebeldes prisioneiros por seqüestrados, já que do contrário as negociações para um acordo humanitário voltam "para um ponto morto".

"Voltamos para um ponto morto, não há clareza sobre o acordo humanitário e enquanto isso muitos cidadãos seguem cativos nas selvas, apodrecendo", declarou o Presidente da CEC a Radiosucesos RCN.

Por isso, o Prelado exortou às FARC a serem "flexíveis" no tema da desocupação dos municípios de Florida e Pradaria, algo que não foi aceito pelo Governo do Presidente Álvaro Uribe. "Não podemos ficar aí. Terá que explorar novos caminhos", acrescentou.

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Do mesmo modo, disse que era previsível que os líderes guerrilheiros não aceitassem que o recém libertado Rodrigo Granda, conhecido como "o chanceler", fora "gestor de paz" para o intercâmbio, tal como o anunciou o Presidente Uribe. "Era uma resposta que se esperava. As FARC têm três delegados para o tema e ficou em uma simples proposta a busca de uma luz para o acordo humanitário", assinalou.

Dias atrás, o número dois das FARC, Raúl Reyes, afirmou que "sem a desmilitarização da Florida e Pradaria as FARC não podem aceitar encontros com representantes do atual Governo. Porta-vozes plenipotenciários das FARC se reunirão com os do Governo nos municípios desmilitarizados, não existe nenhuma opção de reuniões sem esta garantia".