O Arcebispo do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, afirmou que embora os bispos não emitiram nenhuma comunicação de excomunhão para os políticos abortistas que legalizaram esta prática anti-vida no México DF, eles "estão impedidos de receber a comunhão".

Em uma improvisada coletiva de imprensa em que participou ACI Digital, o Cardeal mexicano explicou que embora "ninguém deu nenhum documento a nenhum político, a nenhum legislador", é necessário indicar que "nós também temos que repetir o que diz a doutrina tradicional da Igreja: Não é compatível aproximar-se da comunhão eucarística, que não é o mesmo que a excomunhão, com este modo de legislar".

"Dizemos que não é compatível esse modo de pensar com a comunhão eucarística, não vamos negar a Eucaristia. Todo ser humano sempre tem o perdão da Igreja e Deus quando há arrependimento", precisou o Cardeal.

Ao comentar as palavras do Papa Bento XVI no avião que o levou ao Brasil, o Arcebispo do México ressaltou que "nos sentimos muito apoiados em nosso ministério porque é dever nosso defender os direitos fundamentais, como parte integrante do evangelho, proclamar o direito à vida".

Em seguida denunciou que a legalização do aborto no México DF, "é uma decisão somente de um grupo de parlamentares que em nenhum momento consultaram o povo. É uma agenda que se propôs um grupo de legisladores: primeiro legislar sobre as uniões de homossexuais, segundo legislar sobre a vida humana tanto com o aborto como com a eutanásia e somente dos deputados da Assembléia do Distrito Federal".

"À Igreja não compete estar legislando, a tarefa da igreja é evangelizar, formar a consciência, a tarefa segue sendo a mesma, Em nenhum momento nem nos sentimos vencedores nem nos sentimos derrotados. sentimo-nos urgidos o que é nosso direito, defender os direitos humanos", explicou em seguida.

Ao falar da liberdade de expressão, o Arcebispo do México disse que "defendo o direito a expressar-se de todo cidadão, o direito à liberdade de pensamento, à liberdade expressão, não é apenas direito para a imprensa, é um direito de todo ser humano. Os que se reúnem para defender a vida, não lhes pode tirar esse direito".

Em referência ao documento final da V Conferência, o Cardeal indicou que "como parte do Evangelho, da boa nova, da evangelização, deveremos incluir um chamado a defender a estrutura familiar, a vida humana como um direito fundamental. Se este direito cair, caem todos outros direitos do ser humano. Para que quero direito à alimentação ou à moradia se não ter direito à vida?"

Ao falar da objeção de consciência, o Cardeal Rivera destacou que a Igreja sempre a apoiou "porque ninguém pode atuar contra seus princípios e suas convicções. portanto a Igreja seguirá alentando a quem a pressente. A mesma legislação do Distrito Federal contempla esta ação".