QUITO, 11 de mai de 2007 às 19:37
Rumo às próximas eleições da Assembléia Constituinte, o Arcebispado de Quito chamou os católicos a participar de política, mas lhes recordou que isso deve ser "como cidadãos" e não em nome da Igreja.
"Fazem bem os seculares pertencentes a movimentos ou grupos apostólicos em participar de política, estão em seu direito, mas façam-no como cidadãos, não em nome de seus movimentos", expressou através de um comunicado.
O texto recordou que "a Igreja e a comunidade política são de natureza diferente por sua configuração e finalidade". Por isso, explicou, nenhum partido pode reclamar para si "o título de 'católico'", ou afirmar que é "aprovado ou apoiado pela hierarquia" ou sacerdotes". Os católicos, acrescentou, "estão em liberdade de votar de acordo a sua consciência", sempre que ditos candidatos "não se oponham à doutrina de Jesus" e ao direito natural.
Nesse sentido, o comunicado pediu aos sacerdotes instruir aos paroquianos "sobre este dever; mas em nenhuma forma, nem de obra nem de palavra, menos na cadeira sagrada, dêem nem sequer a impressão de respaldar a um partido ou a outro", porque "seria pôr em perigo a comunhão fraterna" dos cristãos.. Atuar assim "não é sozinho prudência, é coerência com a Doutrina Social da Igreja", afirmou.
Depois de recordar que a Assembléia Constituinte deverá fortalecer uma autêntica democracia e "desenhar um sistema político e econômico" que permita obter o bem, o Arcebispado de Quito expressou os temas "particularmente sensíveis para Estes católicos são a defesa da vida e a família, liberdade religiosa e o direito dos pais a exigir "a instrução religiosa de seus filhos de acordo a suas convicções".
O texto afirmou que "o templo é casa de oração e bem fazem os que promovem ou convidam a orar pela pátria, orar para que os equatorianos escolham bem a quem represente na Assembléia Constituinte e para que esta assinale rumos de justiça e de progresso e respeite a crença da grande maioria de equatorianos que são católicos".
O comunicado está assinado pelo Arcebispo de Quito, Dom Raúl Vela Chiriboga; e os Bispos Auxiliares, Dom René Coba Galarza e Dom Danilo Echeverría.