O subdiretor da Fundação Vida, Carlos Valdés, denunciou que o "negócio privado" do aborto converteu a Madri na Meca desta prática, dado que em 2005 49% das mulheres que abortaram vieram de outras comunidades e países.

O aborto, afirmou, "é um negócio privado cada vez major na Comunidade de Madri. Em 2005 98,3% destes feticidios se realizaram em centros privados, por cima de 97% do ano anterior". Acrescentou que de 49% das mulheres que chegaram de fora, "39,8% som de outras províncias e 9,2 de outros países".

Valdés indicou que desde 1998 existe um aumento no número de abortos praticados, que levou a que em 2005 houvessem 20.759 mil abortos provocados, quer dizer 6,79% mais que em 2004. Adicionou que também há um incremento no uso do dinheiro dos contribuintes. "Em 2005 21,5% dos abortos foram favorecidos com o dinheiro de todos, frente aos 20% do ano anterior", assinalou.

O subdiretor da Fundação Vida denunciou que a "vigilância epidemiológica" que recebe o drama do aborto, contrasta com a quase nula preocupação das autoridades sanitárias.

"Só na administração da Comunidade de Madri percebemos certa sensibilidade, enquanto que ao Ministério de Sanidade só lhe preocupam o incremento de abortos entre as mais jovens. Não percebe que é a conseqüência lógica da espiral hedonista a que anima continuamente com repetidas mensagens", indicou. Também denunciou que "a administração pública estatal não oferece soluções ao aborto" e é "incapaz de reduzir seu número".