Em uma conferência de imprensa, a banda musical Maná respaldou a despenalização do aborto no D.F. como “a única opção que fica” e assinalou à Igreja Católica como responsável desse passo” por sua oposição às políticas antinatalistas.

Conforme informou a agência Notimex, o cantor Fher Olvera, vocalista do grupo, afirmou que “a Igreja sempre se recusou às propostas sobre educação sexual e métodos de prevenção. Estamos indignados porque antes houve um passo que poderia ter sido dado”.

Embora não quis dizer se o aborto está bem ou mau, assinalou que “é momento de dar uma grande bofetada aos conservadores para que trabalhem. Acredito que nenhuma mulher quer abortar, mas chegam a um ponto em que já não podem manter ou cuidar de mais filhos”.

O cantor assegurou que sua banda leva “mais de 15 anos promovendo em nossos concertos o uso da camisinha, e a única ameaça de morte que eu tive por essa razão foi na Cidade do México”.

Do mesmo modo, assinalou que “grupos radicais” lhes pediram não impulsionar estas campanhas, "mas quanto mais nos pediam, mais o fazíamos, e chegamos a pôr camisinhas gigantes em nossas apresentações".

O cantor adicionou que em uma entrevista com o Ex-presidente mexicano, Vicente Fox, a banda propôs que nos “antros” se incluíram vendedores de preservativos do mesmo modo que se colocam extintores, “mas não aconteceu nada e tivemos que chegar a este ponto (o aborto) como a única opção que ficava”.

Outro dos membros de Maná revelaram que o grupo se entrevistou recentemente com a senadora e eventual candidata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, conhecida pelo seu aberto apoio ao aborto, para tratar temas como imigração, meio ambiente e a possibilidade de que uma mulher governe esse país.

“Nós somos pessoas que acreditam na gente que quer fazer coisas para bem, independentemente do partido ao qual pertença. Seria interessante que uma mulher chegasse à presidência dos Estados Unidos”, indicou.