O jornal La Razón informou que o site da diocese de São Sebastián recomenda como “leituras de verão” títulos cujos autores são conhecidos “teólogos dissidentes do Magistério da Igreja” tais como Leonardo Boff e Hans Küng.

Segundo um artigo do jornalista Alex Navajas, a lista de leituras é sugerida por José Antônio Pagola, que fora vigário geral da diocese do controvertido Dom José María Setién Alberro, Bispo Emérito da diocese donostierra, quem fora reiteradamente censurado por sua condescendência frente ao grupo terrorista ETA.

“O bispado de São Sebastián recomenda a seus paroquianos que leiam livros de autores proibidos pelo Vaticano do ensino da Teologia em universidades da Igreja ou que diferem abertamente do Magistério”, escreve Navajas sobre o descrito por Pagola como “uma concisa orientação sobre alguns livros recentes relacionados com a fé cristã”.

Um teólogo não precisamente “relacionado com a fé critã”, Christian Duquoc, também é apresentado na página Web. A cristologia e eclesiologia de Duquoc “distam muito da versão defendida pela Igreja”, assinala o autor do artigo.

“Algo similar ocorre com o filósofo ‘meio indiano, meio catalão’ –como foi denominado– Raimon Pannikar, que conjuga o cristianismo com um confuso orientalismo. Entre suas obras figuram algumas como ‘A experiência védica’, ‘O Cristo desconhecido do hinduísmo’ ou ‘O silêncio de Buda’”, assinala o jornal.

A lista continua com López Azpitarte, que “dissente da Igreja em temas de moral sexual, entre outros” e além de personagens que foram admoestados pela Santa Sé “ou que inclusive foram se afastados da docência em centros da Igreja”: Hans Küng, o jesuíta Antonio Estrada -que teve retirada a licença para ensinar na faculdade de Granada-, e o famoso teólogo da liberação, o ex-sacerdote franciscano Leonardo Boff.