Os bispos da Conferência Episcopal Tarraconense (Espanha) apresentaram o documento "Acreditar no evangelho e anunciá-lo com novo ardor" onde os prelados equipararam "as grandes ações terroristas" dos últimos anos e o mau trato às mulheres com outras "formas de violência" como o aborto ou a eutanásia que atentam contra o direito inalienável de todo ser humano à vida.

O Bispo Auxiliar de Barcelona, Dom Joan Carrera, e o Arcebispo de Tarragona, Dom Jaume Pujol, foram os encarregados de apresentar o texto dos bispos da Catalunha. Nele, os prelados expressaram seu total rechaço a qualquer forma de violência.

"Os grandes atentados terroristas dos últimos anos, como os de Nova Iorque, Madri, Londres ou Mumbai, e a violência contra as mulheres no âmbito familiar se equiparam a duas formas de violência que se produzem ao início e ao final da vida", disse Dom Carrera.

Para o Prelado, o aborto "ceifa a vida dos nascituros" e a eutanásia supõem "a eliminação das pessoas quando já não são aptas para o trabalho", práticas antivida que "põem em risco a existência humana".

"Quereríamos ver mais reconhecidos na Catalunha valores fundamentais como o dom da vida, desde sua concepção à morte natural", afirma o texto. Deste modo denunciaram que a "reiteração de cenas de violência na televisão" pode suportar "conseqüências funestas" que se relacionam diretamente com "o clima de permissividade absoluta" que "fomentam, na Catalunha, muitos meios de expressão cultural".

Depois de opor-se à discriminação da que pode ser objeto da comunidade muçulmana, os bispos tarraconenses explicam que esperam "ver mais plenamente respeitado o direito dos pais e das mães a decidir o tipo de educação –também no que diz respeito à religião e à moral– de seus filhos, e mais plenamente acolhida e apoiada a contribuição histórica ao bem comum da escola cristã na Catalunha".