O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, assinalou que para os católicos espanhóis de hoje que procuram a construção do bem comum, "a verdadeira liberdade religiosa é caminho autêntico de reconciliação e democracia.

Em sua carta semanal intitulada "Reconciliação", o Prelado assegurou que "a liberdade religiosa autêntica é a única garantia do funcionamento de uma verdadeira democracia, estímulo para o crescimento espiritual das pessoas e fôlego para o progresso cultural de toda a sociedade".

"A Igreja na Espanha, iluminada pelo Concílio Vaticano II, e em estreita comunhão com a Santa Sé, colaborou decididamente para fazer possível uma democracia constitucional, apoiada na dignidade da pessoa humana e nos direitos fundamentais de todos, sem admitir discriminação alguma por razões religiosas", anotou.

Dom García-Gasco recordou que a experiência "mostra como nos contextos de violência, as razões se perdem, as divisões se aprofundam e os rancores e ressentimentos aumentam e transbordam qualquer pretensão de paz".

Do mesmo modo, indicou que "quando a Igreja foi promovendo as causas de beatificação e de canonização dos mártires da perseguição religiosa tem feito memória verdadeira, justa e agradecida de imensos perdoadores".

"Durante décadas se paralisaram todos os processos para evitar que se desnaturalizasse seu verdadeiro sentido. De fato é muito recente quando se resgatou o impressionante testemunho de homens e mulheres, de sacerdotes, religiosos e religiosas, e de fiéis leigos que foram arbitrariamente executados, muitos deles de modo atroz, por ódio à fé cristã", assegurou.

Finalmente o Arcebispo de Valência assinalou que todos os católicos espanhóis devem pedir legitimamente "o respeito a nossa identidade e liberdade para anunciar pelos meios ordinários a mensagem de Cristo com um clima de tolerância e de convivência, sem privilégios nem discriminações".