O Consórcio de Médicos Católicos desta capital criticou a iniciativa do Governo argentino de distribuir gratuitamente a potencialmente abortiva pílula do dia seguinte no sistema público de saúde, dado que entre seus efeitos está a possibilidade de evitar que um óvulo fecundado se implante no útero materno.

Em um comunicado assinado por seu Presidente, Carlos Carranza Casares, a organização questionou que as autoridades de saúde digam que o fármaco "não é abortivo, quando em realidade o é, ou que utilizem meias-verdades para enganar a população".

Do mesmo modo, assinalaram que a pílula atua fundamentalmente impedindo a implantação do embrião na parede do útero e que a distribuição da mesma se agrava porque será distribuída obrigatória e gratuitamente nos hospitais e nas obras sociais sem nenhum tipo de controle clínico prévio nem posterior a sua ingestão.

"Pelos problemas de saúde que pode ocasionar dará lugar a julgamentos de responsabilidade médica por lesões graves e ainda homicídios culposos, aos que ordenaram as distribuições e aos que as distribuam. Estas pílulas têm maior concentração de hormônios que as habituais pílulas anticoncepcionais que se tomam diariamente, portanto podem provocar grandes e graves danos na saúde da mulher", anotaram.

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Os médicos portenhos recordaram também que em ocasiões, a gravidez é provocada pela violação de um familiar ou um desconhecido. Entretanto "este fato delituoso grave não autoriza, de maneira nenhuma, a cometer outro delito, como o do homicídio de um inocente que está no ventre de sua mãe".

Acrescentaram que "os prospectos que acompanham à maioria das caixas que contêm as pílulas, têm escrito que impedem a nidificação e no exterior dizem que impede a implantação do óvulo fecundado".

"As autoridades o reconhecem, mas para distribuir se apóiam em que não são abortivas sem fundamento científico, posto que consideram que a vida humana logo começa com a implantação do embrião no útero. Dizem que antes da implantação, esse conjunto de células não é um ser humano e equivocadamente o chamam pré embrião. Não existe em biologia e embriologia esse período", indicaram.

Finalmente, os membros do Consórcio de Médicos Católicos recordaram que é muito importante que a poucos dias de celebrar o Dia do Nascituro, todos os argentinos recordem que "a Constituição Argentina protege a vida da criança da concepção e não autoriza em nenhum momento que seja morto".