O Escritório do Departamento de Imprensa do Episcopado Mexicano emitiu um comunicado em que denúncia a "malícia moral de todo aborto provocado" e que "tanto o aborto como o infanticídio são crimes abomináveis".

Na nota, o órgão episcopal explica que nestes momentos a Assembléia Legislativa do Distrito Federal debate "uma iniciativa que 'permitiria o aborto durante as primeiras 14 semanas de gestação', e que abriria a porta para que médicos do sistema de saúde local usem a pílula abortiva RU-486 para 'interromper' gravidezes".

Ante esta situação, fazem uma "súplica pela vida dos mais indefesos; vida que deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta desde o momento da concepção. Do primeiro momento de sua existência o ser humano deve ter seus direitos de pessoa reconhecidos, entre os quais está o direito inviolável de todo ser inocente à vida".

Depois de afirmar que "o direito inalienável de todo indivíduo humano inocente à vida constitui um elemento constitutivo da sociedade civil e de sua legislação", o departamento de imprensa recorda que os direitos "inalienáveis da pessoa devem ser reconhecidos e respeitados por parte da sociedade civil e da autoridade política. Estes direitos não estão subordinados nem aos indivíduos nem aos pais, e tampouco são uma concessão da sociedade ou do Estado: pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa".

"Desde o primeiro século, a Igreja afirmou a malícia moral de todo aborto provocado. Este ensinamento não mudou; permanece invariável. Cientistas e profissionais da saúde, legisladores das comissões de Saúde e Educação, e sociedade em geral tem hoje a oportunidade de reafirmar um compromisso com a vida. Um trabalho essencial de uma sociedade justa e que incluam, sobre tudo a favor dos mais indefesos, tem que proteger a vida com o máximo cuidado desde a concepção", assinala a nota.