Elsa Morejón, esposa do prisioneiro de consciência  e ativista pró-vida cubano Oscar Elías Biscet, lançou um pedido urgente para que seu marido receba assistência médica e seja transferido do regime carcerário de segurança máxima a que foi submetido por resistir a colaborar com o regime e renunciar seus princípios.

Através de uma "Carta Aberta" divulgada pela agência LiberPress, a esposa do Dr. Biscet denuncia a grave situação carcerária do ativista, condenado a 25 anos por sua luta não violenta em defesa dos direitos civis e sua especial atenção ao direito à Vida, como opositor ao aborto e a pena de morte, ambos legais em Cuba.

Biscet  foi declarado prisioneiro de conscientiza pela Anistia Internacional desde 1999. Foi posto em liberdade após completar 3 anos na prisão; mas pela firmeza de suas idéias, foi detido apenas um mês depois, quando se preparava para reunir-se com uma delegação de ativistas de direitos humanos de Matanças.

O Dr. Biscet foi condenado em 2003 a 25 anos da prisão por solicitar liberdade, democracia e respeito aos direitos civis.

Elsa Morejón revela na carta que seu marido " segue submetido a um regime carcerário de segurança máxima, com visita familiar cada 3 meses e visita matrimonial cada 4 meses"; além disso, se encontra em uma cela sem cama, iluminação, ventilação nem cadeira para sentar-se e é "levado para tomar ar" uma vez ao mês.

Segundo a carta, o dissidente pró-vida "depende dos antibióticos e medicamentos que possam levar seus familiares nas esporádicas visitas que permite esse regime carcerário aberrante que viola todas as convenções internacionais na matéria".

A missiva de Elsa Morejón reproduz parágrafos de uma carta que seu marido enviou: "Cumprir uma condenação é muito difícil para os réus, ainda mais para um homem de paz ao que trancam pelo exercício de sua liberdade de pensamento".

"Durante o transcurso destes anos de cárcere –segue a missiva- vi coisas ignominiosas que não posso detalhar com minhas palavras por tão perversas que são e atentam contra os bons costumes de uma sociedade civilizada. Apesar desta difícil situação não me intimido nem dou um passo atrás em meu pensamento (...) cumprirei esta injusta condenação até que o Deus Altíssimo ponha fim a ela".