O novo Presidente da União Européia (UE), Hans-Gert Poettering, recordou que as raízes da Europa “descansam na filosofia grega, na lei romana e na tradição judeu-cristã” que moldaram o continente.

Em seu discurso programático ao iniciar seu trabalho como novo Presidente da UE que desempenhará até junho de 2009, Poettering assinalou que existe a “necessidade de responder, todos juntos, aos desafios da globalização” para “redescobrir as raízes da Europa e seus valores” e assim “ser testemunhas” e “compartilhar com o resto do mundo.

Ao falar sobre a constituição européia que ainda não foi aprovada, o Presidente da UE disse que esta é um “meio para superar as atuais deficiências da União” e destacou o rol central do Parlamento dentro da arquitetura institucional da União Européia, em que acredita que deve haver uma reforma interna.

Poettering também criticou os "egoísmos nacionais". "Quem só serve aos interesses de seu próprio país, acaba finalmente prejudicando-os porque destrói a solidariedade necessária para a defesa de seus próprios interesses", acrescentou.

Em sua opinião, "o futuro da Europa depende em grande medida para obtermos a convivência entre as culturas e as religiões na UE e com nossos vizinhos, sobre tudo do mundo árabe e islâmico"."Não queremos o choque entre civilizações mas sim a paz em liberdade e justiça entre todos os povos e crenças", adicionou e afirmou que esse diálogo será alcançado apenas "com tolerância recíproca".

“Nós, como Parlamento da UE, estamos absolutamente seguros que a pena de morte não está de acordo” com os direitos fundamentais e a dignidade humana, disse em seguida e destacou alguns campos onde a Europa tem que “estar em capacidade de tomar ação” para chegar a “resultados tangíveis” para a vida dos cidadãos: a justiça social, a justiça internacional; “essencial para construir a paz”; a segurança interna e a luta contra o terrorismo, a imigração, entre outros.

Finalmente falou do 50 aniversário dos Tratados de Roma que deram origem em seguida a UE e expressou seu desejo de formar uma “Casa de História Européia para estudar e informar as raízes e a unificação” da UE.