LA PAZ, 6 de fev de 2007 às 03:32
O Arcebispo da Santa Cruz de
“Lamentavelmente acredito que não estamos levando a sério que o sangue, até o pouco sangue que se possa derramar, não é absolutamente necessário para chegar a se entender como irmãos, para chegar a solucionar os problemas do país”, expressou ao referir-se ao conflito que surgiu em Camiri, onde o protesto dos habitantes de uma “verdadeira nacionalização” dos hidrocarbonetos e a refundação da estatal petroleira YPFB, deixou várias pessoas feridas.
Nesse sentido, o Cardeal pediu o respeito pelos compromissos assumidos e as leis “para evitar qualquer conflito de confiança”. “Mas que formoso também seria que quem está ferido pelas injustiças contribuísse com aquilo que é próprio do povo, a sabedoria, não a violência, a racionalidade, não a intemperança nas palavras ou nas ações”, manifestou.
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O Cardeal Terrazas explicou aos paroquianos que não se pode ignorar “problemas tão sérios como os que sofrem nossos irmãos pelas inundações, como o que sofrem nossos irmãos em Camiri; quando o que se quer é que todos estejamos preparados para compartilhar com os que estão sofrendo”. O Arcebispo da Santa Cruz recordou que a missão do cristão é velar pelos outros, recuperando o sentido da solidariedade.
Logo depois de oito dias de greve em Camiri, o Governo de Evo Morales chegou a um acordo com os líderes locais, cedendo parcialmente a suas demandas.