Em declarações à imprensa, a Primeira Dama e Coordenadora de Comunicação do Governo, Rosario Murillo, assegurou que o governo respeitará e cumprirá o marco jurídico do Código Penal que penaliza a figura do aborto terapêutico.

Segundo 'El Nuevo Diario', durante um percurso por vários centros educativos em companhia de seu marido, Murillo reiterou que “como governo, como coordenadora de comunicação posso dizer que o governo do povo, o governo da Unidade Nicarágua Triunfa, tem um compromisso básico de cumprir as leis, as leis estão ali e nós vamos respeitar e cumpri-las”.

“Não estamos saindo do marco legal, não estamos rompendo nenhum compromisso, justamente o contrário, estamos comprometidos ao pé da letra com nosso programa de governo em tudo o que expomos na campanha eleitoral”, assinalou.

O deputado sandinista Gustavo Porras, presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Nacional, assinalou que poderia aplicar uma nova emenda à figura do aborto terapêutico para contemplar exceções.

Por sua vez, o doutor Rafael Cabrera Artola, membro da Executiva do Instituto de Ciências Médicas, reafirmou ao jornal sua confiança em que o governo respeitará a pena da figura do aborto terapêutico.

“Inclusive a senhora Rosario Murillo se pronunciou a favor da vida e não acredito que agora troquem a decisão que já foi tomada”, afirmou e adicionou que em um eventual fórum poderia conhecer "a verdade sobre o aborto”.

Cabrera reiterou que o rechaço ao aborto terapêutico se sustenta em elementos científicos, jurídicos, éticos e antropológicos.