Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, que se realiza no marco da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, Bento XVI explicou aos fiéis do mundo o horizonte ecumênico de seu pontificado.

O Santo Padre começou destacando que a unidade é uma preocupação “que corresponde à Igreja inteira”, e rezando juntos “os cristãos se fazem mais conscientes de seus estado de irmãos, embora ainda divididos”.

Fazendo uma avaliação do passado, o Sumo Pontífice assinalou que “pensando no caminho percorrido nos últimos quarenta anos, se surpreende como o Senhor nos despertada do torpor da auto-suficiência e da indiferença, como nos faz cada vez mais capazes de nos escutar e não só de nos ouvir”.

O ecumenismo, prosseguiu o Santo Padre, “é um processo lento, um caminho ladeira acima, como todo caminho de arrependimento”, mas apesar das dificuldades "há também" amplos espaços de alegria, pausas refrescantes onde é possível respirar fundo o ar puro da comunhão plena".

O Papa afirmou que a experiência demonstrou que a busca da unidade “acontece em inumeráveis circunstâncias", e pôs como exemplo o trabalho de paróquias, hospitais e comunidades locais, sobre tudo "nas regiões onde um gesto de boa vontade com um irmão requer um grande esforço e uma purificação da memória".

Como exemplo de sinais de esperança Bento XVI enquadrou "os encontros e atividades que marcam o ministério do Bispo de Roma, pastor da Igreja universal", e recordou os marcos ecumênicos do ano passado, como "a visita oficial da Aliança Mundial das Igrejas reformadas, da delegação da Aliança Batista Mundial e da Evangelican Lutheran Church (Luteranos de língua inglesa)”.

O Santo Padre mencionou também seus encontros com “os líderes da Igreja Ortodoxa da Geórgia” e a Cúpula dos Chefes Religiosos em Moscou, em julho de 2006, durante a qual o patriarca de Moscou e de todas as Russias, Alexis II, "solicitou com uma mensagem especial a adesão da Santa Sé".

Depois de recordar a visita oficial do Arcebispo de Canterbury ao Vaticano, o Santo Padre falou de sua “inesquecível” viagem a Turquia e do encontro com o patriarca Bartolomé I em Istambul, e afirmou seu compromisso para que "o abraço de paz fazendo intercambio durante a Divina Liturgia na igreja de São Jorge em Fanar se traduza em conseqüências práticas".

"Estes momentos ressaltam o empenho, freqüentemente silencioso mas decidido, que nos reúne na unidade. Alentando-nos a fazer todos os esforços possíveis para prosseguir por este caminho difícil e lento mas importante”, concluiu.