O Bispo de Asidonia-Jerez de la Frontera (Cádiz), Dom Juan del Río, alentou aos católicos a não caírem no “pessimismo contagioso” produzido pela “praga de uma leitura enviesada e negativa” que sobre a Igreja procuram impor os “profetas de calamidades” através de numerosos meios de comunicação.

Em seu comentário semanal intitulado “O pessimismo contagioso”, o Prelado andaluz assinala que “o católico na atualidade tem que lutar contra a praga de uma leitura enviesada e negativa do ser e o que fazer da Igreja. Isso produz pessimismo e desânimo em muitos espíritos sobre o futuro da fé cristã em nosso país e no entorno cultural europeu”.

A respeito, o Bispo adverte que abundam os “profetas de calamidades” que “sob um verniz de intelectualidade, citam estudos sociológicos, esplendidamente subsidiados e fortemente manipulados, para pôr em evidência o mal que vai aos católicos na modernidade”.

Ao criticar a desinformação que enfatiza o escândalo ou ridiculariza mensagens e pessoas da Igreja, Dom del Río explica que com isso se busca “potencializar a desmoralização” entre os católicos e que “é patente à intenção de difundir a idéia de que a Igreja tem ‘os dias contados’, que é uma ‘relíquia ideológica do passado’ e que além disso, são incompatíveis democracia com cristianismo”.

O Prelado também lança suas críticas ao democrata de moda, que “tem que ser relativista no religioso e no moral” e “crítico com a doutrina e a hierarquia da Igreja”, esquecendo que os princípios que regem a democracia “nasceram do cristianismo, e que quem os defende são filhos da tradição e da cultura cristã”.

“Para alguns poderes, e Espanha não é uma exceção, a democracia será adulta quando o catolicismo perder sua implantação sociológica porque assim exige sua ‘engenharia social’ por cima da realidade cidadã. Detrás mascarou nacionais-laicismos, totalitários e niilistas”, constata o bispo.

Ante esta situação, e após recordar que erraram todos os que vaticinaram o final do cristianismo, Dom del Río assegura que é a vida de Cristo a que vence em sua Igreja. “Não terá que desanimar-se, mas sim mostrar a alegria de ser católico em tempos sem clemência. É urgente recuperar a confiança na capacidade da fé para incidir positivamente na configuração de uma nova cultura”, conclui.