O Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Luis Augusto Castro, assinalou que o Episcopado do país se opõe a uma ação militar para liberar os reféns em poder da guerrilha marxista “Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia” (FARC).

Dom Castro assinalou na quarta-feira que a possibilidade de um resgate pela força, contemplada pelo governo do Presidente Álvaro Uribe colocaria em risco a vida das dezenas de reféns.

“Para os familiares dos seqüestrados é mais benéfico esperar uns meses (com a esperança de um acordo humanitário) e não receber um cadáver”, assinalou o Prelado, em resposta às recentes declarações do Ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, quem assinalou que o resgate militar dos seqüestrados “aparece como uma alternativa”. 

Embora o exército conseguiu resgatar com sucesso ao ex-ministro Fernando Araujo faz duas semanas, os familiares dos 58 políticos e militares em poder das FARC se opõem a um novo intento.

As FARC pretendem obter a liberação de 500 de seus membros que se encontram no cárcere por diversos crimes, incluindo o tráfico de drogas, o assassinato e o seqüestro. Por enquanto, o Presidente Uribe suspendeu toda negociação com a guerrilha marxista, logo que esta quebrasse um implícito cessar-fogo com o ataque a uma escola militar de Bogotá que deixou vários feridos.