Bastante menos austriacos deixaram a Igreja Católica em 2006, conforme indicou hoje a Arquidiocese de Viena, um sinal “novo e alentador” depois de que muitos se “retirassem” formalmente dela em anos anteriores.

Conforme informa AP, 36 mil e 645 pessoas se afastaram formalmente do seio da Igreja em 2006, a diferença das 44 mil e 609 que expressaram sua vontade de não ser mais católicas em 2005. Em 2004, foram 45 mil os austriacos que deixaram oficialmente a fé católica.

A maioria dos que se foram disseram que a razão pela que se foram era o escândalo sexual que saiu à luz quando tirou o chapéu imagens homossexuais e pornográficas no seminário de Sankt Poelten, localizado a 80 quilômetros ao oeste de Viena.

Para outros a razão para o abandono da fé foi sua negativa a pagar o imposto anual para a Igreja que sobe a 250 euros (325 dólares americanos). Para que o governo os exonerasse, as pessoas deviam renunciar explicitamente à Igreja. Do mesmo modo, informou-se que desde 1995, 500 mil austriacos a deixaram formalmente.

Entretanto, para  Dom Wilfried Kreuth, quem trabalha na diocese de Sankt Poelten, esta descida em 2006 do número de pessoas que se afastaram da Igreja é “nova e alentadora”. Do mesmo modo, umas quatro mil e 600 pessoas que expressaram seu desejo de deixar a Igreja em anos recentes, voltaram o ano passado.

De igual modo, o porta-voz da Arquidiocese de Viena, Erich Leitenberger, comentou que 4 de cada 10 austriacos vão na Missa pelo menos uma vez ao mês, enquanto que 33 por cento assiste a ela em Natal, Semana Santa e outros feriados religiosos. "Ninguém pode suprimir as três perguntas básicas: De onde venho?, aonde vou? e qual é o sentido de minha vida?”, indicou Leitenberger em referência à necessidade espiritual das pessoas o que explicaria o retorno de todas as que o fizeram.