HAVANA, 14 de dez de 2006 às 17:15
A revista Vitral, publicação do Centro de Formação Cívica e Religiosa (CFCR) da Diocese do Pinar del Rio, difundiu esta semana um documento que não querem que fique esquecido, a chamada “Proposta Ética para um projeto educativo de inspiração cristã para Cuba”.
O texto é a memória do itinerário de reflexão que durante um ano e meio animou o Grupo de Educadores do CFCR no que participaram educadores e pessoas de boa vontade de vários lugares de Cuba e diferentes credos e tendências políticas.
Segundo o documento, de quase 90 páginas, o país necessita “um sistema educativo que sirva a todos para crescer como pessoas livres, responsáveis, justas e fraternas, que procurem a verdade, fazedores de justiça e artífices da paz”.
“Esta é, sem dúvida alguma, obra de todos: pais e mães, educadores, formadores e líderes civis e religiosos, animadores comunitários, grupos de amigos, associações da sociedade civil e quanta pessoa de boa vontade que se comprometa com o presente e o futuro de nossa Pátria”, indica.
O documento se apresenta como uma reflexão não terminada. “É apenas o começo de um processo de reflexão que deveria ser enriquecido, modificado, corrigido, ampliado, revisado, por quantos se sintam chamados a fazê-lo, sem nenhum tipo de diferença nem distinção”, precisa.
A proposta oferece primeiro uma análise da realidade educativa cubana e uma visão antropológica, “quer dizer, à imagem, ou perfil da pessoa humana que se aspira a formar com a aplicação deste projeto educativo”.
“A educação é para formar homens e mulheres integrados e integradores de todas as arestas de um processo de personalização-socialização no que a própria pessoa seja a protagonista principal de sua história. Um projeto educativo deve ter sempre um projeto de humanismo
A terceira etapa aborda o “estilo pedagógico dos educadores e das instituições, independentemente de seu caráter público ou sua identidade religiosa”; e a quarta fase o perfil dos educadores.
Na quinta etapa se reflete sobre “a formação e o funcionamento de uma comunidade educativa em que se integrem, complementem-se e se controlem mutuamente, a família, a escola, a Igreja, as demais organizações da sociedade civil e do Estado”.
Do mesmo modo, precisa que “a Igreja, em cujo espaço de reflexão se está animando este caminho de pensamento e participação construtiva, não tem soluções técnicas específicas que contribuir porque ela mesma não reconhece nisso sua missão. A Igreja não tem, nem deve apresentar projetos políticos específicos, nesta nem em matéria alguma”.
“Ela tampouco aspira a ter um papel hegemônico, nem de privilégio, nem impor um modelo confessional ou sectário para um futuro projeto educativo para