Com a aproximação do Dia da Constituição que se celebrará na Espanha no dia 6 de dezembro, o Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, pediu aos políticos espanhóis aplicar corretamente a máxima lei do Estado "porque apesar de suas luzes e sombras, pôs os alicerces necessários para superar civilizadamente as graves divisões ocorridas nesse país no século passado".

Em sua carta semanal intitulada "Celebrar e aplicar a Constituição", o Prelado afirmou "que as leis precisam de políticos responsáveis que as ponham em prática, de grupos sociais generosos que promovam o bem social, e de cidadãos que não desperdicem o poder maravilhoso da caridade, mas sim a ponham em prática como sinal de seu compromisso cristão por uma sociedade justa".

"A Constituição estabelece em seu primeiro artigo que a Espanha se constitui em um Estado social, democrático e de direito, portanto a ordem justa das sociedades e o conseguinte bem comum som as tarefas principais da política", anotou.

Dom Agustín García-Gasco indicou que para conseguir uma ordem justa "não há receitas infalíveis mas sim a decidida aposta de cada pessoa e do conjunto da sociedade para promover ações de caridade cristã e dessa maneira construir uma sociedade mais humana e justa.

Acrescentou que a justiça "é tarefa da política e só estará à altura de pessoas livres que escolhem comportar-se de modo solidário, contribuindo ao bem comum e socorrendo a quem mais o necessita".

O Arcebispo de Valência indicou que o princípio de subsidiaridade reconhece que "a iniciativa das pessoas e dos grupos sociais nunca deve ser sufocada nem pelo Estado nem por outras administrações, mas sim deve ser promovida e potencializada como reflexo e requisito da inteligência, a liberdade e a dignidade da pessoa humana".

"Tudo isto supõe valorizar de maneira muito positiva tanto a família como os outros grupos básicos da convivência social, contextos imprescindíveis para que o ser humano possa desenvolver-se de modo humano e responsável", concluiu.