A Presidente da associação americana Concerned Women for America (CWA), Wendy Wright, denunciou que a histórica votação que na semana passada conseguiu abolir o aborto na Nicarágua, tentou de ser detida por agentes das Nações Unidas (ONU).

Wendy Wright afirmou que "apesar de que grupos feministas radicais e oficiais de Nações Unidas terem tentado pressionar alguns líderes nicaragüenses para cancelar a votação, a população foi massivamente às ruas para apoiar a supressão do aborto na Nicarágua".

Entretanto, a representante do CWA fez notar que esta interferência dos agentes da ONU, contrasta com seu silêncio diante das denúncias contra um conhecido líder sandinista ex-presidente desta nação, a quem se acusa de ter abusado sexualmente de sua enteada.

Wendy Wright assinalou também que "os agentes da ONU abusaram claramente de sua posição para impor sua ideologia em sociedades democráticas, inclusive quando as mulheres de tais sociedades se opuseram veemente à interferência da ONU nesta votação livre de um país soberano como a Nicarágua".

A representante da CWA explicou que a carta enviada pela CEDAW, organismo das Nações Unidas que busca eliminar toda forma de discriminação à mulher, omitiu-se sobre os acordos internacionais e os dados médicos sobre o aborto, e chega a afirmar que o "direito à vida" implica o direito ao aborto.