Em seu habitual discurso breve semanal na rádio, o Arcebispo de Corrientes, Dom Domingo Castagna, recordou a respeito do debate sobre o direito à vida, o matrimônio e a sexualidade, que "Jesus compreende as debilidades humanas mas não modifica, por isso, o preceito divino".

Referindo-se ao Evangelho do domingo passado, Dom Castagna recordou que "este texto se refere à indissolubilidade do matrimônio. Se Moisés, o grande intérprete da Lei divina, suavizou a aplicação da Lei não foi porque fora modificável mas sim por uma atitude pedagógica afastada de todo irresponsável permissivismo. Cristo é a perfeição do profetismo que possuía Moisés e, pelo mesmo, o verdadeiro intérprete da Lei divina".

Sobre o atual debate sobre o direito à vida, o matrimônio e a sexualidade, e à diversidade de opiniões a respeito, o Arcebispo de Corrientes explicou que existem "opiniões contraditórias que parecem não admitir uma autoridade doutrinal superior. Rejeita-se a autoridade de Cristo e de sua Igreja e, fazendo alarde de um discurso ambíguo sobre a liberdade, produz-se uma submissão servil à ideologia da vez".

"Em nome da liberdade reivindicada -acrescentou o Prelado- joga-se nos braços de outros captores. Assim se perde a liberdade, não a exerce como corresponde, a dilui entre caprichosas alternativas que afastam da verdade e do bem. A Igreja oferece uma Verdade da qual não é autora. É a Palavra de Deus; a oferece observando sua integridade com escrupulosa minuciosidade. O mundo do relativismo não compreenderá que a Palavra de Deus não está submetida à flutuação das frágeis decisões humanas".

Finalmente, o Arcebispo anunciou sua recente e temporária nomeação como Administrador Apostólico da diocese de Iguazú, e lamentou as tergiversações que um setor da imprensa tinha feito a respeito. Dom Castagna concluiu implorando a oração dos fiéis e se colocou aos cuidados "da graça de Nosso Senhor e o maternal amparo de Maria" para o cumprimento fiel de seu novo ministério.