Com a sanção da lei que obriga a ministrar a matéria de educação sexual em todas as escolas do país e frente à possível sanção de uma lei semelhante na Cidade de Buenos Aires, a Corporação de Advogados Católicos adverte que "sua vigência compulsiva não solucionará nenhum dos problemas que hoje afetam a nossos meninos e jovens" e que "só servirão para agravar o panorama sombrio".

Além disso, os juristas explicam que estamos em um tempo caracterizado por "o crescente aumento da anomia moral e jurídica, sobretudo entre as jovens gerações" e precisam que esse marco legal proposto pelo Congresso entra "em franca colisão com o fundamental princípio de subsidiariedade em matéria educativa".

"A lei contém disposições absurdas como a obrigação de dar educação sexual a crianças de três ou quatro anos, sem que seus pais possam se opor", questiona a Corporação na declaração assinada por seu Presidente, Alberto Solanet, e o secretário, Juan Manuel Medrano.

Por outro lado, o Serviço à Vida do movimento Fundar objeta que a normativa suporte uma "inadequada proteção do direito dos pais a intervir no relativo à educação de seus filhos". Também alerta que a vinculação da educação sexual com o programa de saúde sexual constitui uma mostra de uma visão enviesada sobre a pessoa, a sexualidade e a família, ao tempo que, sob o nome de "saúde reprodutiva" encobrem-se ações destinadas a promover a anticoncepção, a esterilização e o aborto.