A organização Portal de Belém denunciou os diretores do laboratório Raffo, da empresa Monte Verde S.A, por vender a pílula do dia seguinte "Segurité", ocultando seu caráter potencialmente abortivo.

Através de um comunicado assinado por seu presidente, Aurelio García Elorrio, o Portal de Belém informou que até o momento são três os laboratórios denunciados pelo delito de "comercializar um produto letal, dissimulando seu caráter nocivo". Acrescentou que na última denúncia as pessoas implicadas são Jorge Alberto Belluzo, Rolf  Erick Robert Hatmann e Claudio Daniel Nuñez.

O Portal de Belém afirmou que continuarão as denúncias contra outros laboratórios, "já que existem pelo menos 27 produtos que se vendem no mercado como anticoncepcionais", mas que no estrangeiro é expressamente reconhecido "seu  efeito abortivo". "Tal informação é deliberadamente ocultada das usuárias argentinas, com a cumplicidade dos funcionários nacionais do Ministério de Saúde", afirmou.

A pílula do dia seguinte, conhecida como Anticoncepção Oral de Emergência (AOE), é vendida na América Latina com diversos nomes de marca: Postinor 2, Segurité, Norgestrel Max, entre outros.

O componente essencial da pílula do dia seguinte é a substância levonorgestrel, e tem três mecanismos: impedir ou atrasar a ovulação, alterar o muco cervical para impedir a concepção ou, se já houve fecundação, pode evitar que o óvulo fecundado se implante no útero produzindo um aborto.