MADRI, 13 de set de 2006 às 12:13
Ao início de um novo curso escolar, o Bispo de Ávila, Dom Jesus García Burillo, advertiu que com a nova disciplina obrigatória "Educação para a Cidadania", o "Estado deseja passar a ser definidor da moral, estabelecendo os limites do bem e do mal".Em sua última carta "Começo de curso", o Prelado assinala que "no ensino fundamental será promovida a educação sexual, sem que saibamos exatamente sobre que base antropológica vai se construir" e adverte que "parece que vai ficar fixado como princípio que tudo o que é legal é moral".
À espera de aprovar o currículo da disciplina, "sabemos algumas coisas sobre ela que não nos tranqüilizam", aponta o Bispo. Neste sentido e "seguindo com o engano do significado dos termos, tão geral na atualidade, em ‘Educação para a Cidadania’, à eutanásia vai se chamar morte digna, o aborto, direito da mulher, e por família se entende qualquer união estável de casal em que cabem todo tipo de ‘casamento’".
Esclarecendo que não se pode entrar em detalhes dado que a matéria ainda não é conhecida, Dom García adianta em sua carta que "parece evidente que a Estado deseja passar a ser definidor da moral, estabelecendo os limites do bem e do mal, o qual vai ser objeto da educação de nossos filhos".
"Se o Estado atua assim, terá usurpado dos pais o direito primário à educação de seus filhos, e terá superado o caráter subsidiário que deve manter em matéria educativa", expressa.
Por último, o Prelado pede aos fiéis estar atentos às novas leis e normas, "já que a educação de nossos filhos prepara a sociedade de Ávila para dentro de vinte anos".