O Instituto de Política Familiar (IPF) apresentará nos próximos dias um relatório sobre as rupturas familiares na Espanha nos últimos 25 anos que constataria o “fracasso da nova lei do divórcio” e a necessidade de implementar políticas familiares realmente eficazes.

Segundo o Presidente do IPF, Eduardo Hertfelder de Aldecoa, o informe “Evolução da ruptura familiar na Espanha: 25 anos depois (1981-2006)", revela que na Espanha se produzem 408 rupturas matrimoniais, o que supõe uma ruptura cada 3,5 minutos como conseqüência das 149 mil e 168 rupturas matrimoniais que se produziram apenas em 2005.

O estudo foi realizado por uma equipe multidisciplinar de especialistas coincidindo com o 25º aniversário da aprovação da lei do divórcio (1981) na Espanha. Seus resultados demonstram que em 2005 se produziu um aumento das rupturas de 10,55 por cento em relação ao ano anterior e de 45,7 por cento em relação a 2000. Esta explosão, indica Hertfelder, demonstra “que a implantação da nova lei do divórcio disparou a ruptura familiar”.

Os números revelam deste modo que a Catalunha é a Comunidade Autônoma com mais rupturas matrimoniais, com 19 por cento do total, seguida de Andaluzia e das comunidades de Madri e Valência.

O relatório, prossegue Hertfelder, mostra que desde a entrada em vigor da lei do divórcio na Espanha em 1981, já se superou um milhão 100 mil separações e alcançou quase 800 mil divórcios que afetaram mais de um milhão e meio de filhos.

Outra das arrepiantes conclusões é que o divórcio já representa 62 por cento das rupturas familiares, quer dizer, que duas em cada três rupturas são divórcios.