O diretor da ONG Vida mais humana, de Mendoza, José Murri, afirmou que processará na justiça os médicos que submeterem a um aborto a jovem incapacitada mendoncina, em cujo caso já se autorizou o mencionado procedimento anti-vida.

Murri indicou que a "Suprema Corte de Justiça de Mendoza não autorizou o aborto mas sim, retroativou a situação à primeira sentença do juiz Ferrer", que assinalou que "esta situação não é judicial mas sim uma questão médica" e assegurou que quem deve avaliar se corresponde ou não a aplicação do artigo 86, "é cada um dos médicos em sua sala de cirurgia antes de fazer a intervenção que matará o não nascido".

"A partir daí qualquer médico que praticaro aborto é punível e deverá responder por isto na justiça penal porque nós vamos processar civil e penalmente, sem dúvida nenhuma", explicou

"O que nós estamos dizendo aos médicos é que o aborto não é legalizado na Argentina, o aborto é uma questão penal", manifestou e precisou que "estamos advertindo a toda rede de Saúde da província que vai acionar civil e penalmente contra qualquer equipe médica que procure esta intervenção".

"Hoje a ciência médica -prosseguiu- é o suficientemente capaz e nossos médicos o suficientemente sagazes para poder preservar tanto a integridade física da mãe, sua vida, sua saúde, como também salvar a vida do bebê".

"Se a Constituição Nacional preservar a vida de todo ser humano da concepção, não queremos juizes nazistas, não queremos governadores nazistas, não queremos médicos nazistas que cometam estas práticas nazistas", assinalou.

Murri disse que se a criança nascer com malformação igualmente tem direito à vida. "Se formos matar cada não nascido porque é defeituoso, então matemos todos os defeituosos que andam por aí", disse ironicamente.