A tempo de reiterar seu repúdio à tentativa do Governo socialista de submeter seus filhos a um processo de doutrinação moral através do curso de "Educação para a Cidadania", a Confederação Nacional Católica de Pais de Família e Pais de Alunos (CONCAPA), insistiu ontem aos pais exercer seu direito à objeção de consciência contra uma matéria que enganará as crianças ao lhes dizer que "existem diversos tipos de família".

Em um comunicado de seu Gabinete de Comunicação emitido ontem, a Confederação lamenta a interferência do Estado "na formação integral que os pais querem para nossos filhos" e criticam o "déficit democrático" dos políticos "que não são capazes de respeitar as convicções de quem não pensa como eles".

Depois de denunciar o desprezo ao que foi submetida a comunidade educativa, pais e docentes, ao não ser considerada na definição dos conteúdos da controvertida matéria, os pais das famílias advertiram que os "alunos de dez anos aprenderão que existem distintos tipos de famílias, algo que por ser legal não necessariamente é real".

"A CONCAPA rejeita novamente a doutrinação a qual querem submeter nossos filhos, aos que continuaremos ensinando que, respeitando todas as pessoas e a suas opções sexuais, não existe mais do que uma única família: a que formam o pai e a mãe com seus filhos", assinala a nota.

Por isso, os pais anunciaram que "diante da possibilidade de criar neles um conflito psicológico pelas contradições em sua educação, reiteramos nosso direito de decidir qual deve ser sua formação moral, recorrendo, se necessário, à objeção de consciência e a quantas medidas forem precisas para defendê-los de uma doutrinação que lembra perigosamente as tentativas das ditaduras de formar a consciência coletiva de seus povos".

"A CONCAPA se congratula que outras organizações, como o Foro da Família, venham se juntar a esta idéia e estejam dispostos a secundar a objeção de consciência, algo que desde nossa organização vamos defendendo desde que se começou a conhecer quais eram os conteúdos da ‘Educação para a Cidadania’", aponta o comunicado.

Na semana passada o Foro fez um chamado à objeção de consciência, iniciativa que recebeu ontem o apoio do Cardeal Antonio Cañizares.