Diante da onda de superstições que se originaram ao redor da data 06/06/06, o Arcebispo de Assunção, Dom Pastor Cuquejo, insistiu aos católicos a não deixar-se levar pelas falsas crenças e, em troca, pediu-lhes recordar que têm a Cristo que está acima do mal.

Dom Cuquejo afirmou que "o cristão deve libertar-se destas superstições, primeiro porque perde tempo e segundo porque tem a Cristo, que é o grande redentor, que está acima do mal". "Se pensa e acredita que vai te afetar, possivelmente lhe afete, mas será por sua própria culpa porque está se auto-sugestionando", afirmou.

O Prelado assinalou que, antes de enfocar o simbolismo do 666, faz falta analisar e entender "a mentalidade judia, que afirma que o número 7 significava a perfeição e o contato com Deus" e o que estava "por baixo era imperfeito e ali estava o número 6".

O Arcebispo indicou que quando o autor do Apocalipse identifica à besta com o 666, fala desta como de vários ou de alguém "que perseguia os cristãos dessa época. Costumam identificar o imperador Nerón como a besta, e como vai contra Deus, lhe colocava o qualificativo do número 6". "Então três vezes seis significaria que é a perfeição da maldade. É um mero símbolo que não tem um poder mágico ou uma força. Por si mesmo o número não tem nenhum poder. O poder estaria na maldade que poderia fazer o homem", precisou.

O Prelado acrescentou que o "666" se introduziu nos supersticiosos como um número maligno que significava a ação do demônio, a catástrofe que ocorreria "com as coincidências destes números".

"Por exemplo, agora está se falando que no dia 6, do sexto mês, do ano que termina em seis, seria um dia nefasto", anotou e insistiu a "não deixar-se levar por estas coincidências de tempo. Não tem nada a ver o 666 com o que possa ocorrer de catástrofe".

O Arcebispo manifestou que se muita gente pensar que vai ocorrer algo, eles mesmos farão possível que ocorra por sua força mental. "Alguns perderão o juízo porque se preocupam, e se se chocarem com seus automóveis", por exemplo, "será porque se descuidaram e culparão à coincidência dos números", comentou.