Em um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, deu-se a conhecer o resultado do processo canônico do Fundador dos Legionários de Cristo, o sacerdote Marcial Maciel Degollado, no qual se anunciou a suspensão do processo e o convite ao Padre Maciel a levar uma vida reservada de oração e de penitência, bem como a renúncia a todo ministério público.

Em um texto de quatro parágrafos, a Santa Sé realizou um percurso histórico sobre o caso do Padre Maciel. "A partir de 1998, a Congregação para a Doutrina da Fé recebeu as acusações contra o Padre Marcial Maciel Degollado por delitos reservados à exclusiva competência do Dicastério".

"Em 2002 –contínua a nota– o padre Maciel publicou uma declaração para negar as acusações e para expressar seu mal-estar pelo ataque de alguns ex-legionários de Cristo. Em 2005, por motivos de idade avançada, o padre Maciel se retirou do cargo de Superior Geral da Congregação dos Legionários de Cristo".

O comunicado afirma também que todos os elementos mencionados foram "objeto de amadurecido exame por parte da Congregação da Doutrina da Fé" e que em 30 de abril de 2001 "o Cardeal Joseph Ratzinger autorizou uma investigação sobre as acusações".

Mais adiante se dá a conhecer a decisão do mencionado Dicastério, que "tendo em conta tanto a idade avançada do padre Maciel como de seu frágil estado de saúde", decidiu "renunciar a um processo canônico e convidar o Padre a uma vida reservada de oração e de penitência, renunciando a todo ministério público. O Santo Padre aprovou estas decisões".

Finalmente, a nota afirma: "Independentemente da pessoa do Fundador, se reconhece com gratidão o benemérito apostolado dos Legionários de Cristo e da Associação Regnum Christi".