A Associação Patriótica Católica Chinesa, subordinada ao Governo comunista e que desconhece a autoridade da Santa Sé, poderá dar mais um passo no agravamento da crise entre Pequim e o Vaticano se, como informaram fontes da comunidade católica chinesa, outro bispo for ordenado neste domingo sem o consentimento de Roma.

O novo bispo seria Zhan Silu, de 45 anos, e estaria à cabeça da diocese de Mindong, na província sudeste de Fujian. Em declarações à imprensa, Zhan informou por escrito ao Vaticano de sua nomeação mas ainda não recebeu resposta alguma.

A informação sobre a possível ordenação episcopal deste 14 de maio se acrescenta às tentativas da Igreja Patriótica de justificar as duas últimas consagrações ilícitas de bispos nos dias 30 de abril e 2 de maio passados.

O Vice-presidente e porta-voz da Associação Patriótica, Liu Bainian, declarou à imprensa que "os bispos foram escolhidos por sacerdotes e fiéis de acordo com as eleições democráticas, depois de rigorosos testes de qualificação".