Embora a Santa Sé tenha se limitado apenas a mencionar o convite feito por Israel a Bento XVI para visitar Terra Santa, o ex-primeiro Ministro do país, Shimon Peres, assegurou nesta manhã à imprensa que "O Papa poderia vir na primeira metade do próximo ano".

Depois de ser recebido em audiência pelo Santo Padre, o Prêmio Nobel da Paz (1994) e um dos principais líderes do Kadima, partido vencedor nas últimas eleições em Israel, declarou que "levei-lhe o convite do Primeiro-ministro Ehud Olmert de vir à Terra Santa e o Papa me indicou que poderia vir na primeira metade do próximo ano".

Por sua vez, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, fez uma declaração na qual se limitou a dizer que no final do encontro, "Shimon Peres convidou o Supremo Pontífice a visitar Israel".

Segundo a notícia do vaticano, na audiência intercambiaram "opiniões sobre o problema da paz na Terra Santa, respeitando as resoluções das Nações Unidas e os acordos estabelecidos até a data. Nesse contexto, condenou-se unanimemente qualquer forma de terrorismo, qualquer que seja o pretexto que tente justificá-lo".

Do mesmo modo, Navarro-Valls informou que "se examinaram também as relações entre o Estado do Israel e a Santa Sé, tendo em conta os acordos assinados em 1993 e 1997, assim como as relações das autoridades de Israel com as comunidades cristãs existentes nesse país".

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Depois da audiência, Shimon Peres se encontrou com o Secretário de estado Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, na presença do Embaixador de Israel na Santa Sé, Oded Ben-Hur, e o Subsecretário para as Relações com os Estados, Dom. Pietro Parolin.

Em declarações à imprensa, Peres detalhou que no encontro, OoPapa "mostrou grande interesse pelo processo de paz e expressou seu apoio ao esforço das partes" e "reiterou a necessidade de garantir a integridade dos lugares Santos e a liberdade de religião".

Sobre as relações entre ambos estados, Peres disse que deve-se "renovar o duplo diálogo, o de natureza política e o de natureza financeira, e fazer uma tentativa séria para alcançar uma solução justa". Israel e o Vaticano têm por resolver o status jurídico e econômico de estruturas da Igreja presentes em território israelense.

Finalmente, Peres reconheceu o papel moral de Bento XVI "em todo mundo" e destacou que é "uma voz que se elevou para separar religião e terrorismo".