Na celebração Eucarística na Praça de São Pedro pelo primeiro aniversário da partida do Servo de Deus João Paulo II, o Papa Bento XVI lembrou que a fé de seu Predecessor foi uma fé convencida, forte, autêntica e livre de temores.

"O chorado Pontífice, a quem Deus tinha dotado de múltiplos dons humanos e espirituais, passando através do crisol das fadigas apostólicas e da enfermidade, apareceu cada vez mais como uma rocha na fé".

"Um fé convencida, forte e autêntica, livre de medos, que contagiou o coração de tanta gente, graças também às numerosas peregrinações apostólicas, e especialmente graças àquela última viagem que foi sua agonia e sua morte".

Comentando a primeira leitura, o Pontífice ressaltou "o destino final dos justos: um destino de felicidade superabundante, que recompensa sem medida pelos sofrimentos e as provações enfrentadas no curso da vida".

Referindo-se ao sacrifício em que a pessoa se oferecia totalmente a Deus, lembrou que João Paulo II "fez de sua existência um dom a Deus e à Igreja e viveu a dimensão sacrificial de seu sacerdócio, especialmente nas celebrações da Eucaristia". "Ele –prosseguiu- não fez nunca um mistério de seu desejo de ser sempre um só com Cristo Sacerdote, mediante o Sacrifício eucarístico, fonte de incansável dedicação apostólica".

Sobre o Evangelho explicitou que "como o apóstolo evangelista, também João Paulo II quis acolher Mara em sua casa".

Mais adiante explicou como a expressão accepit eam in sua "indica a decisão de João de fazer de Maria partícipe da própria vida ao ponto de experimentar que, quem abre o coração a Maria, na verdade é acolhido por Ela e se torna seu", lembrando deste modo o lema do Servo de Deus Totus tuus.

Finalmente Sua Santidade convidou os fiéis a "avançar sem medo pelo caminho da fidelidade ao Evangelho para ser arautos e testemunhos de Cristo no terceiro milênio".